quarta-feira, 17 de junho de 2009

Matéria publicada no Jornal João Pessoa


Empresário garante que o projeto na Lima e Silva está cumprindo as leis

“As pessoas precisam entender que nós estamos chegando para colaborar com a qualidade de vida do bairro”. Assim, o gerente comercial da Even Melnick, Juliano Melnick, rechaça algumas queixas de moradores de Cidade Baixa frente ao empreendimento proposto por sua empresa na Rua Lima e Silva, frente ao Shopping Olaria. “Todas as exigências legais dos órgãos públicos foram atendidas”, reforça o empreendedor, ao ressaltar que “a comunidade em geral deve discutir na Câmara Municipal a cidade na qual quer morar”.
Melnick lembra do caso da cidade de Paris. “Acho maravilhosos aqueles prédios no padrão de quatro andares, mas são insalubres e caros. Um apartamento custa mais de 800 mil euros”, destaca. Para ele, esse é um detalhe que deve ser discutido pela população de Porto Alegre, que, segundo Melnick, é a cidade que mais dificulta a construção dentre as maiores do País. Lembra que, no passado, o gestor público optou por demandar hoje o que se segue na cidade, de avançar bairros, ao invés de abrir caminha para outros lugares, com vias expressas, equipamentos urbanos e saneamento.
O empresário enfatiza que a pretensão de seu empreendimento é de “valorizar” a Cidade Baixa. “Discutir a altura de prédios é uma questão de gosto, já que a ocupação do espaço urbano é o mesmo”, explica, salientando que o metro quadrado construído é correspondente e, por sua vez, de moradores, independentes do numero de andares do edifício, conforme determina o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA). E ironiza: “Espigão é mais de 50 andares e não 19 como será este, na Lima e Silva”.
Juliano Melnick explica, ainda, que o empreendimento não está embargado. “O que houve foi um probleminha, com uma arvorezinha, quando a máquina estava trabalhando, na construção do estande. Explicamos o acidente para a SMAM, que verificou que a árvore não era o objeto de preservação e, mesmo assim, aumentamos as contrapartidas”, garante. Para a construção do prédio, que vai ter 3.064m², ocupando uma área de 4.400m², 194 apartamentos em 19 andares, a Even Melnick propôs a fornecer mais 60 mudas nativas, sendo 20 plantadas no próprio terreno, criar um túnel-verde com 56 mudas de Ipê ao longo da Lima e Silva e transplantar a Nogueira para a frente de onde se localizará o prédio, numa praça com mais três mudas da mesma espécie. “É normal que as comunidades mobilizadas, como a Cidade Baixa, assim como o Moinhos de Vento, Menino Deus e outros, se contraponham a investimentos como este, mas basta buscar informações corretas para mudar de posição”, sentencia Juliano Melnick, para quem a Cidade Baixa é privilegiada: “o fato de haver vários prédios considerados de ‘interesse cultural’ (tombados) e serem os terrenos, em sua maioria pequenos, empreendimentos de vulto serão raros na região”, finaliza o empresário.

TEXTO EM DESTAQUE

No momento, o terreno localizado na Lima e Silva, em frente ao Shopping Olaria, abriga um estande de vendas, uma garagem e uma Nogueira centenária, que forneceria a alimentação a uma bando de papagaios. Segundo a Fundação Zoobotânica, no entanto, esta espécie é originária da Amazônia, tendo sido solta em Porto Alegre por alguém, tendo se adaptado ao nosso clima. A informação dá conta, ainda, que o grupo de aves recebe alimentação todos os dias no Jardim Botânico.

TEXTO ABAIXO DA FOTO

Juliano Melnick lembra que há controvérsias entre laudos da Prefeitura quanto ao estado de saúde da Nogueira, que estaria apresentando sinais de apodrecimento de suas raízes.

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